segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Computadores Velhos, geram Trabalho e dinheiro

 

     Em um terreno na avenida Voluntários da Pátria, na Capital, pessoas fazem a triagem do material de informática que compram de catadores, universidades, hospitais e de empresas tanto públicas quanto privadas. O que for lata e sucata de metal fica no estado e é vendido à siderúrgica Gerdau. As placas e os componentes internos do CPU são enviados à empresa de SP, que tritura o material e depois exporta para que seja feita a separação dos componentes químicos. "Cada placa contém um tipo de metal, uma matéria-prima reaproveitável como silício, cobre, estanho, ouro, prata e paládio". Marco começou a trabalhar com o lixo a partir de um convite de uma empresa do setor em São Paulo, que estava querendo ampliar a compra de materiais reciclados. 
     Já no caso do monitor CRT (tubo), como não tem saída comercial, Marco apenas o recebe e estoca na empresa. Atualmente, no terreno da Lumar há uma pilha gigantesca com cerca de 10 mil monitores. "Os catadores e as crianças geralmente quebram o monitor, tiram o cobre e depois jogam o que não querem no rio, poluindo o meio ambiente. E é justamente na parte do monitor que está o sonho de Marco Antônio dos Santos. Ele quer montar uma usina de descontaminação a fim de encerrar o ciclo de reciclagem dos computadores. Outro empecilho para a reciclagem é que não há um trabalho de destinação ao lixo eletrônico, que cada vez mais aumenta no país. Há um ano, Marco foi procurado pela prefeitura de Porto Alegre para fazer uma parceria. A prefeitura possui um projeto para criar uma UTT (Unidade de Triagem Tecnológica) para lixo eletro-eletrônico, incluindo lâmpadas fluorescentes, TVs e demais aparelhos domésticos.Também está sendo estudada a disponibilidade de uma coleta seletiva somente de eletro-eletrônicos – diferente da atual coleta seletiva, dividida em lixo seco e lixo orgânico – a fim de facilitar o ciclo da reciclagem do lixo eletrônico.Tem catadores na rua que já separam as placas que estão atiradas por aí para me vender. Acabam sustentando suas famílias. O lixo eletrônico rende para mim, para as empresas e para terceiros”.
     Hoje, o reciclador busca quem queira investir no projeto tanto na iniciativa privada como no setor público.

2 comentários:

  1. O universo da tecnologia, como está sempre em evolução, não se pode apenas jogar fora os componentes ultrapassados, e sim investir em reciclagem... é muito lixo!!

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  2. Infelizmente o homem vai demorar muito a dar valor natureza, e com a tecnologia sempre inovando , novos equipamentos, lancamentos a todo instante, temos que tomar mais cuidado com o descarte.

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