terça-feira, 30 de novembro de 2010

Facebook

De acordo com Berners-Lee, o desenvolvimento da internet deveria estar "sob o controle dos usuários", e que, se as pessoas "querem saber o que os governos estão fazendo, o que nossas empresas estão fazendo, entender o verdadeiro estado do planeta, encontrar a cura para o Alzheimer, sem falar em compartilhar fotos com nossos amigos", é obrigação da comunidade científica e da imprensa lutar para que "os princípios da web se mantenham intactos". O pai da web também criticou a Apple por não integrar as informações presentes no sistema de venda de músicas iTunes à web. "Você só pode usar links que começam com 'itunes:' no próprio iTunes, software proprietário da Apple. (...) Então você não está mais na web. O mundo do iTunes é centralizado e cercado." Berners-Lee criticou ainda o risco do surgimento de um monopólio por parte do Facebook - algo que, em sua opinião, "limita a inovação" - e atacou a Apple pelo uso do iTunes e pelo estimulo à publicação de conteúdo em aplicativos, e não na própria World Wide Web. Segundo ele, esse tipo de atitude cria "ilhas de informação", que acabam isoladas do resto da rede. "Quando você coloca informações nesses sites (redes sociais), você não pode utilizá-las com facilidade em outros sites. Cada página é um silo, isolada das outras. Sim, essas páginas estão na internet, mas os dados, não", diz o pesquisador. "Quanto mais esse tipo de arquitetura ganha força, maior é a fragmentação da web, e menos podemos nos beneficiar de um espaço único e universal de informações." No texto, Berners-Lee critica a "fragmentação" da informação provocada pelo uso de arquiteturas que dificultam a ligação e a indexação das informações. Recentemente, o Facebook foi criticado por representantes do Google por "trancar" as informações dentro de seu próprio ambientes.

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